domingo, junho 21, 2009

E O PASTOR FOI PARA O XILINDRÓ E OUTRAS NOVIDADES

Antes de mais nada, quero pedir desculpas aos leitores pelo longo período sem atualizações no blog.

Além de uma agenda profissional pesada, entrei em um confronto judicial com a operadora GVT que, como todas as operadoras de telefonia neste país, acreditam que estão acima do bem e do mal, são superiores as instituições deste país, inclusive à própria Justiça, e seguem lesando seus consumidores, fazendo o que querem, sob o olhar compassivo da ANATEL.

Como eu não sou "filho de canário assustado", como dizia minha finada avó, estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis, inclusive na esfera criminal, contra esta empresa de telefonia, já que além do crime de desobediência à ordem judicial, já se configurou nos autos do processo os crimes de falsidade ideológica e fraude processual, já que a advogada juntou documento adulterado afim de tentar reverter uma multa ridícula e irrisória no valor de R$ 80,00 aplicada pelo juízo.

Se não tenho medo de "grandes" mestres e seus discípulos de araque, com suas ameaças de força de encruza e de tronqueira, seus trabalhinhos de magia negra, haveria eu temer uma operadora de telefonia? Na medida do possível, vou relatando o desenrolar desta história por aqui.

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O grande assunto do momento no meio umbandista é a prisão do "pastor" Tupirani e seu discípulo Afonso Henrique, responsáveis pela invasão e vandalismo ao Centro Espírita de Umbanda Cruz de Oxalá, no bairro do Catete, na cidade do Rio de Janeiro.

O jovem Afonso Henrique, fanatizado pelas palavras do pseudo-pastor Tupirani, postou um vídeo no Youtube contando com detalhes a invasão àquela Casa de Umbanda, chamando Sacerdotes de Umbanda e Candomblé de "homossexuais", desafiando as Forças Policiais e a Justiça. Em uma entrevista ao jornal "Extra", o pastor se deixa filmar frente à um muro onde podemos ler "Bíblia Sim, Constituição Não", em um recado claro que não respeita o ordenamento jurídico brasileiro e, como um certo deputado federal em relação à opinião pública, está se lixando para as Leis deste país.

Como venho escrevendo há tempos neste espaço, estas seitas neo-pentecostais que se disseminam no país oferecem perigo real ás religiões de matriz africana, já que acreditam que somos adoradores do diabo, satanista, e por isto, fazendo uma leitura literal do texto bíblico, se acham no direito de destruir nossos Templos.

As imagens da prisão dos envolvidos neste verdadeiro crime de racismo, nos melhores moldes da intolerência neonazista que tem assolado o mundo, me faz crer que estes "religiosos" queriam exatamente este resultado, ou seja, serem reprimidos pelo Estado para posarem de mártires cristãos, como foi o caso do pastor que foi preso há alguns anos nas comemorações da Festa de Yemanjá na Praia Grande, litoral de São Paulo.

A comunidade umbandista deve sempre estar atenta para este tipo de acontecimento, se mobilizando para punir os responsáveis por tais afrontas à nossa Fé e também a Constituição Brasileira que garante a liberdade de culto neste país.

Por outro lado, a comunidade evangélica deveria condenar com veemência tais atitudes intolerantes, mas quando isto acontece é sempre de forma tímida sendo que, no geral, e até mesmo nos bastidores, todos eles, senão a maioria, apoiam atitudes como estas contra as religiões de matriz africana.

O que mais irrita no meio evangélico é a postura de "perseguidos" que eles querem passar para a opinião pública. Não importa o tipo de delito que tenham cometido, caso sejam presos e processados, logo aparece uma liderança ou grupo de fiéis dizendo que aquilo é fruto de perseguição e intolerância religiosa. E o que seus fiéis vem fazendo, pergunto, às religiões de matriz africana é o quê?

Hipócritas, Fariseus... isto que são!!!

Assista este vídeo no site do Jornal Extra, da cidade do Rio de Janeiro.

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No próximo dia 24/06/2009, à 09:00 horas, acontecerá na 6ª Turma Recusal dos Juizado Especiais da cidade de Belo Horizonte, o julgamento do recurso inominado impetrado pela Editora Escala Ltda contra a decisão de primeira instância que a condenou ao pagamento de R$ 3.018,00 por perdas e danos morais e materiais pela publicação de um texto deste articulista, sem a sua autorização, na extinta "Revista Espiritual de Umbanda".

O resultado do julgamento será postado neste blog, independente de seu resultado.